30/09/2009

LUZ & SOMBRAS

Luz. Seus efeitos e cores, suas possibilidades e tonalidades, a volumetria criada, o que se mostra ou é escondido por ela (ou sem ela), foram os assuntos abordados por Jonas Soares em sua oficina de CENOGRAFIA, realizada no sábado dia 19/09. O intuito do tema "luz" foi o de tratar desses elementos descritos aqui, para que os participantes percebessem seu fundamental papel, dentro da arte de se contar uma história, seja ela na pintura, numa fotografia e principalmente na cenografia, envolvendo o teatro e o cinema.

A luz é a matéria prima essencial para trabalhar uma imagem. É dela que surgem as demais ferramentas, que podem a compor: Cores, tons, volume, planos, focos, etc. JS queria sensibilizá-los quanto a essa simples peça mágica envolvida na criação de uma imagem. Para isso realizou a aula numa sala escura, no breu, onde apenas uma vela e o monitor do notebook ofereciam certa visibilidade. Na tela do notebook, imagens de quadros criados por pintores famosos como Caravaggio e Edward Hooper envolviam os olhares de seus pupilos, enquanto que JS lhes mostrava como o tema proposto atua nessas composições. Ele mesmo ficou surpreso com as observações levantadas e o quanto se envolveram com o bate-papo "as escuras".


- Nighthawks, de Edward Hooper - 1942.


- Morning Sun, de Edward Hooper - 1952.


- Judith decapitando Holofernes, Caravaggio - 1598.


- The Incredulity of Saint Thomas, de Caravaggio - 1601/02.

Aproveitando a escuridão, propôs fazerem alguns exercícios com diferentes tipos de luz, usando-se de lâmpadas incandescentes, eletrônicas, de intensidades, cores e direções distintas. As lâmpadas eram dispostas em posições diferentes e com o uso de uma modelo, podiam visualizar como a luz se projetava sobre ela e o cenário. O que ela era capaz de evidenciar, ocultar, criar de percepção, de clima, o que ela poderia "contar" aos nossos olhos.


- Anúncio de automóvel usando-se de teatro de sombras.


- Teatro de sombras com silhuetas recortadas em papel.


- Grupo Pilóbulos para a Hyundai.

Assim que voltaram do pequeno brake, puseram-se a produzir uma caixa de luz com sobreposição de silhuetas feitas em papel e caixas de sapatos. Estes seriam pequenos cenários criados pelos próprios pupilos e deveriam ilustrar uma cena, utilizando-se apenas de formas sobrepostas a luz, assim como no teatro de sombras, de origem chinesa.













- Montagem das caixas de luz. Fotos: Raissa Mathias/Maré Alta.

Caso queiram saber um pouco mais sobre como foram as oficinas, visitem nossos álbuns de fotografia FLICKR e PICASA.

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